Na obra cinematográfica "Escritores da Liberdade", em uma das cenas a educadora "Eli" explica aos seus alunos a forma com que os judeus eram ridicularizados por meio de cartazes e desenhos estereotípicos, sendo considerados inferiores e muitas vezes violentados por nazistas. Fora da ficção, no Brasil, o desrespeito do direito humano primordial de liberdade, se encontra constantemente violado por meio da intolerância religiosa. Não somente por piadas e desenhos, mas também, por meio da violência, seja ela física ou verbal.

É notório a pluralidade de etnias no Brasil, graças à grande miscigenação ocorrida durante o período colonial. Período esse em que, os escravos africanos que praticassem cultos, danças ou rezas de suas religiões, sofriam uma forte represália de seus senhores de engenho. Evidenciando que, a falta de liberdade religiosa é um problema que ocorre a vários anos, atingindo até mesmo a população do século 21.

Ainda convém lembrar da Reforma Protestante, evento histórico em que Martinho Lutero se opõe aos dogmas da católicos por meio das 95 teses e é excomungado da igreja, onde sua ação faz com que outros cidadãos que compactuavam com seus ideais seguissem o protecionismo. Entretanto, a Igreja Católica cria o movimento de Contrarreforma, onde surge a Inquisição, instituição que persegue todos aqueles que professassem práticas diferentes daquelas reconhecidas como cristãs. Os acusados de heresia sofriam punições como a morte na fogueira, por exemplo. Assim, como ocorrido durante a Idade Média, atos de intolerância envolvendo violência física são registrados todos os anos no país, sendo as religiões afro-brasileiras as principais vítimas.

Portanto, é perceptível que a intolerância religiosa é fruto de fatos ocorridos durantes séculos e se encontra enraizada no país. No entanto, é necessário que o Ministério da Educação, por meio de palestras escolares e eventos públicos, promova a disseminação de conhecimento acerca do assunto. Para que, a população se sinta representada e segura ao praticar suas crenças. A fim de que a ocorrência de atos de ridicularizarão, como aqueles apresentados no filme "Escritores da Liberdade" não se repitam.

@Jotaveh