Conforme a Constituição de 1998, deve-se assegurar a liberdade de crença religiosa às pessoas, além da proteção e respeito a todas as religiões. Essa afirmação pode se relacionar com a importância do combate à intolerância religiosa no Brasil, de forma a demonstrar a necessidade do respeito à liberdade de religião. Assim, é fundamental reconhecer que entre os fatores que fortalecem esse quadro é a falha educacional e a equivocada representação das diversas religiões pela mídia.

Primeiramente, o caráter conteudista das escolas aliada à falha educacional, quanto ao combate à intolerância de crença, frutifica suas problemáticas. Segundo Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa que pode ser usada para mudar o mundo. Nesta perspectiva, pode-se observar que a escola, ao invés de incentivar debates que permitam reflexões, quanto a liberdade de escolha religiosa de cada indivíduo, favorece a permanência desse quadro.

Outrossim, a representação equívoca das diferentes religiões pela mídia influencia no aumento desse cenário. De acordo com Pierre Bourdieu, aquilo que foi criado para se tornar um instrumento de democracia não deve virar um mecanismo de opressão. Nesta lógica, percebe-se que a mídia influencia na imagem negativa e intolerante à diversidade religiosa, desrespeitando a liberdade de crença, fugindo de seu papel fundamental.

Diante disso, torna-se evidente a criação de medidas que mudem esse contexto. Assim, o poder Legislativo deve, através de um projeto de lei a ser debatido e votado no Congresso, incluir, na grade curricular do Ensino Fundamental e Médio, uma matéria que permita debates sobre a intolerância religiosa. Além disso, campanhas midiáticas, por meio de propagandas e pelas redes sociais, que retratem as religiões de forma respeitosa, chegando, assim, ao ideal da Constituição de 1998.