Aldous Huxley defende: "Os fatos não deixam de existir só porque são ignorados". Tal perspectiva é observada no aumento da evasão escolar no Brasil, que é o desinteresse em se manter estudando, por situação financeira, dificuldade de aprendizado ou até difícil acesso à escola. Nesse contexto percebe-se a configuração de um complexo problema que se enraíza na desigualdade social e no descanso governamental.
Nesse cenário, em primeiro plano, é preciso atentar para a desigualdade social presente na questão. A isonomia é a garantia de oportunidades iguais, mesmo em condições diferentes. No entanto, a realidade é pouco isonômica na evasão escolar no Brasil, visto que muitos estudantes, perdem o estímulo de continuar, devido a seus problemas, na sua maioria trata-se do financeiro e do deslocamento, tendo ideia que alunos viajam a cidade vizinha para chegar na escola, além de precisarem trabalhar desde cedo para ajudar a família. Assim nota-se a urgência de criar oportunidades para esses indivíduos.
Ademais, o descanso governamental também é uma realidade a dificultar a atenuação do obstáculo, haja visto os grandes problemas enfrentados na rede pública de ensino, são incontáveis as dificuldades passadas, que os estudantes se veem sem escolha e optam por sair da escola, gerando uma marginalização futura. Conforme Bauman, sociólogo polonês, a coletividade caminha para uma desordem mundial causada, sobretudo, pela falta de controle do Estado. Paralelamente é exatamente este o motivo: em função da evasão escolar continuar no Brasil, percebe-se uma fragilidade estatal, pois, por mais que seja o órgão responsável, o Estado não resolve a problemática.
Portanto, urge que o problema seja dissolvido. Para isso, o governo federal deve criar uma agenda econômica mais democrática, por meio da destinação de recursos para esse grupo excluído, a fim de reverter a desigualdade social que se instala temática. Tal ação pode,ainda, conter uma divulgação na mídia para a população tomar conhecimento. Dessa forma os fatos não serão ignorados e poderão deixar de existir.