No seriado "Sex Education", a personagem secundária Aimee Gibbis sofre assédio sexual em um ônibus, o abusador pratica uma ato libidinoso na vítima, que inicialmente não procura assistência e culpa-se pelo ocorrido. Essa cena mostra uma realidade vivida no Brasil.
O assédio sexual está enraizado culturalmente na sociedade. Essa violência institucional é fruto de reflexos históricos perpetuados por meio da religião, de comentários sexistas e piadas pejorativas, da subjugação feminina pela sociedade patriarcal em que vivemos e da mídia, que mostra estereótipos e mentiras acerca do assunto, naturalizando o assédio, que acaba sendo visto como comum e aceitável.
Um levantamento do Instituto Datafolha revelou que 5 em cada 10 adolescentes e jovens mulheres já sofreram assédio sexual no Brasil. Essa violência é tão aceitável socialmente que cerca de 52% das vítimas não procuram assistência por culpa, ou pela impunidade em virtude da falta de responsabilidade social e amparo cultural do governo.
Portanto, é importante que o governo aumente as penas e multas para esse crime, que o Ministério da Mulher, Família e Diretos Humanos crie campanhas através de veículos midiáticos para problematizar a banalização do abuso e encorajar mulheres a denunciarem.