No filme "Modo Avião", a personagem Ana é uma influenciadora digital que vive constantemente nas redes sociais, até que, depois de se acidentar ao dirigir usando o celular, ela se vê obrigada a mudar de vida, mudando-se para o campo, onde não há sinal de internet. Embora se trate de uma obra ficcional, assim como Ana, a sociedade brasileira se vê cada vez mais individualista por conta das redes sociais.
De acordo com o número de pesquisas mais recentes, os brasileiros passam em média 3 horas e 31 minutos por dia conectados às redes sociais, sendo o facebook, whatsapp e youtube os mais usados no último ano. Embora este fenômeno supracitado dê a impressão de popularidade e de participação em acontecimentos de todo o globo, essas redes interferem diretamente no convívio social da população como um todo, gerando conexões superficiais e instáveis, que se desfazem rapidamente.
Conforme já citado, ao participar das redes sociais, é instaurada nos indivíduos a falsa sensação de renome. Essa sensação os prende nessa realidade virtual, tornando a convivência no mundo real cada vez mais obsoleta. Por exemplo, está crescendo gradativamente a repulsa de pais e jovens e adolescentes pelo uso contínuo de celulares, justamente por acreditarem que, o uso dessas tecnologias provoca o distanciamento entre as pessoas.
Portanto, é evidente a necessidade de resolver este impasse. Para promover a aproximação entre os indivíduos, cabe à instituição familiar e a sociedade como um todo, estimular experiências ao ar livre, sem o uso de tecnologias, como jogos, passeios, caminhadas e corridas para reascender nos indivíduos o prazer pela interação presencial. Como já dito pelo filósofo Heráclito de Éfaso, "Nada é permanente, exceto a mudança", e dessa forma teremos no Brasil uma juventude menos individualista e mais altruísta para com os seus semelhantes.