As dificuldades no combate ao trabalho escravo no Brasil
Enviado: 15 Mai 2022, 19:11
Em seu premiado romance "Torto Arado", Itamar Vieira Júnior apresenta a história de duas irmãs que trabalham em condições análogas à escravidão. Em contraste, o romance, apesar de tratar de uma obra fictícia, faz-se relevantemente real, uma vez que, na atualidade há grandes dificuldades no combate ao trabalho escravo no Brasil. Assim sendo, analisar o contexto histórico e a falta de conhecimento referente à escravidão é necessário para que as dificuldades atuais sejam compreendidas e combatidas.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o trabalho escravo é uma realidade frequente na história do Brasil, começando com a chegada dos portugueses e seguindo-se com a exploração da mão de obra indígena. Além dos indígenas, o mesmo ocorreu com os negros oriundos da África, que por mais de 300 anos foram explorados no Brasil colonial, e mesmo com a abolição da escravatura mediante à Lei Áurea, o trabalho escravo não necessariamente foi extinto, pois os libertos não tinham acesso aos direitos básicos de cidadania e menos ainda à vagas de trabalho. Na novela "Os Imigrantes", pode-se observar o mesmo ocorrer com os imigrantes europeus e asiáticos que desembarcaram no Brasil e foram trabalhar nas lavouras de café no começo do século XX. Enfim, pode-se concluir que, esse tipo de prática é enraizada na na história brasileira e reflete até hoje, visto que são incontáveis os casos de exploração de trabalhadores nas plantações de cana de açúcar no estado de São Paulo.
Ademais, em segundo lugar, porém não menos relevante, a falta de conhecimento das vítimas colabora com a continuidade desta prática. Nesse contexto, em busca de refúgio e empregos, venezuelanos que migraram em massa para o Brasil no final de 2019, acabaram vítimas de condições precárias de trabalho nas oficinas de costura na capital São Paulo. Distantes de seu país de origem e, na maioria das vezes, com dificuldades de comunicação por conta da falta de domínio da língua portuguesa, esses imigrantes ficam a mercê da ignorância sobre a própria condição. Em síntese, percebe-se que a ausência do saber torna propícia a contínua aceitação do trabalho escravo na concepção dos afetados por este.
Em suma, é possível compreender como o contexto histórico e a falta de conhecimento corroboram com a dificuldade no combate ao trabalho escravo no Brasil. Para tal, o poder público deve promover palestras e leis sobre trabalhos análogos à escravidão, tanto para brasileiros quanto para imigrantes, a fim de que tenham conhecimento sobre tal situação. Assim, espera-se que condições de trabalho como as do livro "Torto Arado" não ocorram em nosso país e sociedade.
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o trabalho escravo é uma realidade frequente na história do Brasil, começando com a chegada dos portugueses e seguindo-se com a exploração da mão de obra indígena. Além dos indígenas, o mesmo ocorreu com os negros oriundos da África, que por mais de 300 anos foram explorados no Brasil colonial, e mesmo com a abolição da escravatura mediante à Lei Áurea, o trabalho escravo não necessariamente foi extinto, pois os libertos não tinham acesso aos direitos básicos de cidadania e menos ainda à vagas de trabalho. Na novela "Os Imigrantes", pode-se observar o mesmo ocorrer com os imigrantes europeus e asiáticos que desembarcaram no Brasil e foram trabalhar nas lavouras de café no começo do século XX. Enfim, pode-se concluir que, esse tipo de prática é enraizada na na história brasileira e reflete até hoje, visto que são incontáveis os casos de exploração de trabalhadores nas plantações de cana de açúcar no estado de São Paulo.
Ademais, em segundo lugar, porém não menos relevante, a falta de conhecimento das vítimas colabora com a continuidade desta prática. Nesse contexto, em busca de refúgio e empregos, venezuelanos que migraram em massa para o Brasil no final de 2019, acabaram vítimas de condições precárias de trabalho nas oficinas de costura na capital São Paulo. Distantes de seu país de origem e, na maioria das vezes, com dificuldades de comunicação por conta da falta de domínio da língua portuguesa, esses imigrantes ficam a mercê da ignorância sobre a própria condição. Em síntese, percebe-se que a ausência do saber torna propícia a contínua aceitação do trabalho escravo na concepção dos afetados por este.
Em suma, é possível compreender como o contexto histórico e a falta de conhecimento corroboram com a dificuldade no combate ao trabalho escravo no Brasil. Para tal, o poder público deve promover palestras e leis sobre trabalhos análogos à escravidão, tanto para brasileiros quanto para imigrantes, a fim de que tenham conhecimento sobre tal situação. Assim, espera-se que condições de trabalho como as do livro "Torto Arado" não ocorram em nosso país e sociedade.