Machado de Assis, em sua fase realista, despiu a sociedade brasileira e teceu críticas aos comportamentos egoístas e superficiais que caracterizam essa nação. Não longe da ficção, percebem-se aspectos semelhantes no que tange a inclusão da mulher no esporte. Nesse contexto, evidencia-se como causas: o preconceito presente na população, bem como, o silêncio da mídia frente a essa questão.
Em primeiro lugar, é preciso analisar o preconceito presente na população, visto que ela deveria ser a principal incentivadora devido ajuda na inclusão e aos benefícios para a saúde. Sabendo disso, observa-se que a comunidade apenas tem tratado a mulher como menosprezo justificando ser um "sexo frágil" , exemplo disso é a diferença entre os salários de Marta e Neymar, jogadores de futebol, que mesmo realizando a mesma quantidade de gols há uma inferioridade de milhões de reais no pagamento dela, o que tem como efeito o aumento da insegurança e da incerteza de sua capacidade. Assim, nota-se que tal discussão é de suma relevância, uma vez que afeta a vida dos indivíduos.
Em seguida, faz-se necessário entender o silêncio da mídia. Isso porque ela é um grande meio capaz de apoiar e motivar. Vale ainda destacar que, sem esse apoio ela poderá contribuir ainda mais para a persistência de um tabu que causa receio nas pessoas, resultando em medo, traumas e doenças causadas pelo sedentarismo. Além disso, deve-se ressaltar o que Lygia Fagundes disse em sua obra "A disciplina do amor", que nascer no Brasil até que é bom; o ruim é não ter voz e nem vez. Desse modo, conclui-se que caso essa desvalorização e ausência de incentivo permaneça a voz e oportunidade das mulheres serão cada vez menores no esporte, contribuindo para uma nação cada vez mais injusta e egocêntrica.
Considerando o que foi discutido, percebe-se, então, que as dificuldades de inclusão da mulher no esporte são gigantescas. Portanto, o Governo Federal junto a mídia- poderoso meio de comunicação- deve realizar campanhas que influencie o público feminino a participar dos esportes, de modo que utilizem os outdoors, folhetos explicativos, cartazes e as mídias sociais. Assim, se evitará os comportamentos egoístas ajudando o Brasil a se tornar um país mais igualitário e justo.