A partir de uma análise crítica, entende-se que a arquitetura hóstil é um retrato de uma sociedade irresponsável como a brasileira. Essa falta de compromisso com o bem-estar da população é motivada pela negligência governamental, que resulta na promoção de inúmeras consequências, dentre elas: exclusão e marginalização.
Primeiramente, constata-se que a falta de políticas públicas é reflexo de um país apático, que quer limitar o comportamento humano. Segundo o professor Kevin Bales: "as leis existem, mas ainda faltam ferramentas, recursos e vontade política". Partindo desse pressuposto, vale pontuar que, ao analisar a arquitetura hóstil, os princípios constitucionais brasileiros são negligênciados. Isso porque, assim como notado por Kevin, a sociedade encontra-se carente de um órgão eficaz.
Por conseguinte, a exclusão perdura no país, dado ao descaso do poder público contra pessoas em situação de vulnerabilidade. No filme 1984, é possível observar como o poder da alienação faz com o que um homem perca a sua identidade, vivendo em um regime repressivo, compreende-se então que esse alheamento se faz presente no cotidiano.
Nota-se, portanto, a urgência de resolver essa problemática. Nesse contexto, com o intuito de acabar com essa desigualdade social, o governo deve revisar as normas de construção, por meio de políticas que incentivem a criação de ambientes inclusivos.