Na obra "O cidadão de papel", o jornalista Gilberto Dimenstein critica o sistema de leis do Brasil, o qual possui uma boa elaboração, porém carece de efetividade na prática. Sob esse viés, a critica da obra sobredita se aplica no contexto nacional quanto se encaixa na situação da arquitetura hostil, pois é uma questão a ser mais assistida.
Em primeiro lugar, constata-se o desserviço estatal como uma das causas do descaso da desurbanidade no pais. Nesse contexto, o filosofo Zygmund Bauman criou a expressão "Instituições Zumbis", a qual diz respeito ao fato de que algumas instituições como o Estado, estão perdendo sua função social. Nessa ótica, tal teoria é constatada no contexto brasileiro, uma vez que o Poder Público constrói lugares públicos com geometria desfavorável aos moradores de rua, o que acarreta o difícil acesso dessas pessoas que necessitam de um abrigo. Dessa forma, devido á normalização dessa situação, a problemática é agravada no meio social.
Ademais, a carência de discussões acerca da invisibilidade da arquitetura e desurbanidade é um dos motivadores do impasse. Nesse sentido, segundo o sociólogo Karl Marx , em sua teoria do "Silenciamento dos discursores", alguns temas são omitidos na sociedade a fim de se ocultar as mazelas sociais. Sob essa perspectiva, uma sociedade brasileira contemporânea , a visão do autor pode ser aplicada quanto a omissão do governo aos moradores de rua quanto a implantação de resoluções para este problema. Desse modo, devido á carência de visibilidade dada á questão, a problemática se mantém no Brasil.
Portanto, faz-se necessário ações para conter a arquitetura hostil no Brasil, para tanto, o Governo Federal, cuja função é manter a harmonia social, por meio do ministério dos direitos humanos, trazer projetos e leis contra essa questão, a fim de racionar o problema. Além disso, cabe á mídia, por meio das redes sociais a exemplo do Instagram e Facebook ou até mesmo pelo Whatsap por meio dos canais do governo, colocar posts e exemplos no dia a dia a fito de conscientizar a sociedade. feito isso, a realidade distanciára da obra de Dimenstein.