Em primeira análise, é perceptível que a negligência do Estado torna o combate a arquitetura hostil árduo. Nesse sentido, de acordo com o contratualista John Locke, o Estado deve garantir o bem-estar social, no entanto, tem-se um dado da Universidade Federal do Paraná (UFPR), de que cerca de 51% dos elementos hostis no centro de Curitiba são feitos de pinos e arranjos vegetais, o que retrocede a função estatal, pois a realização de projetos de construção de abrigos aos moradores de rua, estabelecendo a integração desse conjunto na sociedade, e o fornecimento de moradia, alimento e emprego, não são efetuadas. Dessa forma, a falta de ações estatais é lamentável, uma vez que o direito de vida das pessoas em situação de rua não é garantido, favorecendo o quadro de imediatismo opressivo frente à marginalização social.
Em segunda análise, outro aspecto que encadeia a problemática é a ineficácia e má utilização das leis. Nessa lógica, o sociólogo Gilberto Dimenstein relata em sua obra "O Cidadão de Papel" de que, embora o Brasil possua um sólido aparato legislativo, este se mantém apenas no plano teórico, pois na prática não ocorre. Diante disso, é notório de que mesmo com a promulgação da "Lei Padre Júlio Lancelotti", que propõe a erradicação da arquitetura hostil, esta permanece apenas no contexto constitucional, já que, ainda há no Brasil projetos que buscam dificultar o acesso e a presença de moradores de rua. À vista disso, a promulgação de leis sem eficácia é lamentável, visto que ocorre o aumento da construção de arquiteturas hostil, colaborando para a perpetuação dessa mazela social.
Portanto, medidas são necessárias diante da ampliação da opressão e expulsão das pessoas em situação de rua. Para tanto, é válido que o Governo, em conjunto do Ministério Público, promova projetos e campanhas de integração desse conjunto, por meio da construção de abrigos e obtenção de empregos aos moradores de rua. Além disso, é válido que o Estado promulgue leis eficazes que garantam a punição severa aos participantes da arquitetura hostil, com a finalidade de erradicar esses elementos que objetivam excluir as pessoas moradoras de rua. Logo, caso todas essas intervenções sejam feitas, a canção "Que país é esse?" deixará de ser uma realidade no Brasil.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: 160
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: 200
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.