Segundo a Constituição Federal de 1988 a qual garante, no seu artigo 6°, o direito à educação a todos os cidadãos. Contudo, o Brasil vem apresentando um aumento significativo no número de analfabetos, ou seja, o país encontra-se em um retrocesso educacional. Visto que, a desigualdade em conjunto com as falhas no processo de aprendizagem são contribuintes para o crescimento do analfabetismo.

Em primeiro plano, vale resaltar o livro “A hora da Estrela”, de Clarice Lispector, que retrata uma jovem empregada doméstica chamada Macabéa a qual apresenta dificuldades de elaboração e interpretação de textos. Sendo um exemplo nítido daqueles indivíduos que abandonam a escola para trabalharem e ajudarem no sustento das suas famílias, assim dificilmente terão um futuro diferente ao dos seus pais. Uma vez que grande parcela da população, ainda relaciona o analfabetismo somente a questões de desinteresse e não vão à procura das grandes raízes da problemática. Afinal, como querem que permaneçam na escola se não lhes proporcionam o mínimo para sobreviverem.

Cabe mencionar, em segundo plano que de acordo o educador Paulo Freire, a educação sozinha não transforma ninguém e sem ela, tampouco a sociedade muda. Assim, é necessário que tenhamos pessoas capacitadas que a realize de forma coerente. Entretanto, o ensino vem apresentando falhas em seus métodos de aprendizagem. Dado que, muitos professores não possuem uma especialização para atender ao problema específico do discente em conjunto com o auto número de estudantes em cada sala de aula que também faz com que a observação seja dificultada. Percebe-se que as falhas na aprendizagem está inteiramente relacionada à falta de investimento na educação e nos educadores.

Infere-se, portanto que medidas sejam tomadas para amenizar o problema. Logo, o governo, deve criar meios para assegurem a permanência de estudadas que possuem dificuldades econômicas, através de políticas públicas que ofereçam a essas famílias benefícios, com o objetivo de não deixarem a escola para procurarem sustento. Ademais, o Ministério da Educação, deve investir nas especializações dos docentes e na estrutura das escolas, por meio da oferta de cursos gratuitos e também com a construção de mais instituições escolares. Pode-se à, assim, visar uma educação, de fato, transformadora no Brasil.