É notório que o analfabetismo funcional é um aspecto social grave e que deve ser combatido, pois afeta o país como um todo e principalmente os mais desfavorecidos economicamente. Dentre tantos motivos relevantes temos a desigualdade econômica e social e a precariedade da educação básica brasileira.
Sabe-se que a desigualdade social influencia diretamente na qualidade da educação. Em regiões periféricas ainda é bem comum a necessidade de crianças e adolescentes de trabalharem, a fim de contribuir financeiramente a suas famílias. Essa realidade aumenta significativamente o número de evasões escolares e expande a quantidade de adultos que não completaram quatro anos de estudo formal, característica dos analfabetos funcionais no Brasil - já em países mais desenvolvidos economicamente, considera-se 8 anos.
Além disso, a precariedade qualificativa do ensino público contribui para a estagnação desse quadro. A ineficiência educacional gera como consequência a perpetuação da miséria para os profissionais, que não encontram oportunidades de emprego, e afeta a economia do país, comprometida pela falta de mão de obra qualificada. Segundo o IBOPE Inteligência, quase um terço de brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais, o que comprova que o artigo 205 da Constituição, que assegura o direito de acesso à educação de qualidade para todos, não é praticado.
Como se vê, a desigualdade social e a ineficiência da educação brasileira agravam essa realidade. Portanto cabe aos poderes públicos a intensificação de programas de igualdade de renda e de combate ao trabalho de crianças e adolescentes, bem como maiores investimentos na estrutura educacional, na formação continuada dos docentes e na expansão de oferta de escolas em zonas rurais e periféricas do Brasil.

@GustahTokan e @Davipedrada, corrijam para mim por favor?

Blzz, deixa só eu terminar uma outra correção