Segundo São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. Nesse sentido, a escassez de água no Brasil se torna cada vez mais preocupante, em razão da má distribuição desse recurso, muitos cidadãos têm que lidar com a seca, em especial no Nordeste do país, onde a falta de água é um problema histórico e que vem se espalhando para as demais localidades. Isso ocorre em virtude da ineficiência de políticas públicas e do individualismo.

A princípio, é importante ressaltar que o problema persiste e aumenta por consequência da insuficiência de ações políticas, a região nordeste, por exemplo, enfrenta a seca a anos e muitas pessoas ainda migram para outros locais em busca de uma melhor qualidade de vida, como já foi retratado na obra Vidas Secas de Graciliano Ramos em 1938. Por conseguinte, apesar da criação de programas que auxiliam a população, ainda não apresenta a consistência e continuidade que a crise exige. Logo, observar-se a necessidade da água para a sobrevivência e economia do local.

Ademais, outra causa preponderante para a perpetuação do problema é o individualismo de grandes empresas e de parte dos cidadãos, que utilizam esse recurso de forma exagerada e inconsciente, a exemplo da região sudeste, que no ano de 2014 enfrentou uma grande crise hídrica. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a população de cidades atingidas por falta de água em SP e em MG é maior que a situada no semiárido brasileiro. Dessa forma, fica claro que uma das regiões mais desenvolvidas do Brasil e com acesso à água, prejudicou-se pela falta de planejamento e descuido com reservatórios, situação que será enfrentada por outras regiões caso não ocorram mudanças nas medidas tomadas.

Portanto, em vista da importância de se resolver esse impasse a longo prazo, é imprescindível que o Estado em conjunto com a sociedade em geral, administre e invista na distribuição democrática e consciente de água, por meio da construção de reservatórios e da transposição hídrica de grandes rios para regiões secas, além de utilizar a mídia para influenciar o uso correto e econômico de água, afim de melhorar a qualidade de vida, a economia e o acesso água das futuras gerações. Dessa maneira, a ideia de São Tomás de Aquino será concretizada