Machado de Assis, em sua fase realista, despiu a sociedade brasileira e teceu críticas aos comportamentos egoístas e superficiais que caracterizam essa nação. Não longe da ficção percebem-se aspectos semelhantes no que tange a violência nas escolas. Nesse contexto, torna-se evidente como causas a despreocupação com os problemas pessoais dos estudantes, bem como a cultura da violência.
Em primeiro lugar, é preciso analisar a despreocupação com as adversidades, visto que a desestruturação emocional passou a ser bem comum, seja por motivos familiares ou sentimentais. Sabendo disso, observa-se que as crianças criam maiores dificuldades de lidar com as ofensas, xingamentos e piadas que, geralmente, enfrentam na escola sem ter nenhuma defesa, tendo por resultado o agravamento desses transtornos através do ódio e tristeza. Assim, nota-se que tal discussão é de suma relevância, uma vez que afeta as relações sociais.
Em seguida, faz-se necessário entender a cultura da violência. Isso porque ela incentiva a ação e traz como danos o aumento da crueldade. Vale ainda destacar que, em um massacre na escola de Collumbine, nos Estados Unidos, alunos com armas de fogo entraram na escola para matar colegiais e professores apenas pelo fato de não saber lidar com seus sentimentos e, ainda hoje, servem como fonte de "inspiração" para jovens que desejam matar, o que comprova a implantação dessa cultura, procedendo em medo, insegurança e traumas.
Além disso deve-se ressaltar o que Jean Jacques Rousseau disse: "A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprova-o e torna-o miserável". Desse modo, conclui-se que caso a humanidade continue com essas atitudes, pervertendo todos com pensamentos violentos, o mundo piorará e será completamente desorganizado.
Considerando o que foi discutido, percebe-se, então, que a violência na escola é uma grande adversidade. Portanto, as escolas-responsáveis pela transformação social-, devem dar acompanhamento psicológico para os alunos, por meio de projetos pedagógicos, como palestras e oficinas capazes de estimular a empatia e felicidade. Assim, os comportamentos superficiais serão evitados, ensinando os jovens a olhar com mais zelo e amor pelos outros.

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