De acordo com o projeto Justiceiras, rede gratuita de acolhimento a mulheres, o número de casos de violência contra a mulher dobrou durante a pandemia. Isso deve-se ao fato do Brasil ser uma sociedade patriarcal e misógina que ainda vê a mulher como o sexo frágil e um objeto de submissão ao homem.

Segundo a historiadora Régine Pernoud, "A mulher nos tempos clássicos, foi renegada a um segundo plano sendo notoriamente excluída de toda função política ou administrativa". Um exemplo disso é que durante o período colonial no Brasil os homens eram os responsáveis pelas relações sociais e econômicas, enquanto as mulheres deveriam obedecer seus maridos sem direitos a tomar decisões, devendo apenas cuidar do lar. Por causa do sistema machista, somente no século XIX a mulher teve seu direito à educação.

Em consequência desse patriarcalismo histórico, o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de feminicídio. Ademais, três mulheres são assassinadas por dia durante a pandemia, e ao decorrer do isolamento social diversos noticiários mostram sobre o crescente número de casos de violência doméstica e que a maioria dos abusadores é um familiar da vítima.

Portanto, pode-se observar os motivos históricos que auxiliaram para os tratamentos que as mulheres enfrentam na sociedade atual. Por isso, cabe ao poder legislativo desenvolver novas medidas para coibir o número de vítimas de abusos domésticos, como um projeto para aumentar a austeridade das condenações àqueles que descumprirem a lei Maria da Penha. Ademais, é obrigação das escolas e famílias abordarem o tema com os jovens para que aprendam sobre seus direitos e deveres, pois segundo a Constituição Federal de 1988, "Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações".

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