A Constituição Federal de 1988, documento que prevê o bem-estar da população, não tolera nenhum tipo de ação violenta. Entretanto, percebe-se as falhas existentes na aplicação dessa lei, tendo em vista que a demasiada exposição da violência nas mídias configura um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada na sociedade brasileira. Nesse sentido, convém analisar a influência desse fenômeno na vida das crianças e os principais efeitos em nosso tecido social.
É relevante abordar, primeiramente, que atitudes agressivas são mostradas constantemente nas mídias, seja em novelas e noticiários, seja em desenhos infantis. Nesse viés, é fundamental destacar a animação "Pica-Pau", a qual um pássaro travesso aparece portando armas e agredindo outros personagens. Sob essa perspectiva, embora o desenho pareça inofensivo, acaba estimulando crianças e adolescentes, mesmo que de maneira implícita, a praticarem violência. Sendo assim, é indiscutível que a presença de agressões na televisão influencia o comportamento dos jovens.
Além disso, ações violentas nos programas televisivos, infelizmente, afetam o bem-estar social. Sob essa ótica, segundo o empresário americano Steve Jobs, o mundo é movido pela tecnologia, sendo a mídia uma dessas inovações tecnológicas. No entanto, apesar da importância desse desenvolvimento na atualidade, nota-se que a superexposição da violência faz com que os indivíduos imitem tal comportamento na sociedade. Desse modo, é alarmante que, no Brasil, um país signatário dos Direitos Humanos, existam cidadãos que desrespeitam as leis constitucionais devido à influência midiática que recebem diariamente, resultando em brigas e crimes.
Fica evidente, portanto, que a violência mostrada nas mídias é um entrave o qual precisa ser combatido no Brasil. Dessa forma, cabe às emissoras de televisão, responsáveis pela programação exibida, evitar a exposição de cenas violentas durante o dia, por meio de fiscalizações, a fim de não influenciar negativamente os cidadãos, principalmente as crianças. Espera-se, com isso, promover a cidadania e a eficácia da Constituição Brasileira.