Produzido pela Disney, o filme Pocahontas conta a história de uma indígena que tem sua aldeia invadida por homens brancos. Fora das telas, a realidade brasileira não difere da aludida, uma vez que, no Brasil, a questão do índio configura-se como um problema que precisa ser resolvido. Dessa forma, faz-se necessário que medidas sejam tomadas devido não só a visão desumanizada que a sociedade tem sobre os indígenas, mas também a miséria que a população tupiniquim enfrenta.
Desde cedo, os indígenas são apresentados a população como seres místicos e folclóricos, quase irreais. Essa visão acarreta consequências negativas, uma vez que as pessoas deixam de enxergar o índio como o ser humano que é e passam a pensar que ele não tem direito a coisas básicas em consequência disso, tem-se o agravamento de questões como as queimadas em aldeias e o avanço do agronegócio nessas regiões, o que faz com que muitos indígenas percam suas terras. Logo, enquanto a visão estereotipada desses povos se mantiver corrente, a invasão de seus territórios continuará a afligir o Brasil.
Denuncia-se, outrossim, o agravamento do impasse por parte da situação de miséria enfrentada pelo povo tupiniquim. Muitos indígenas vivem sem saneamento básico, o que, somado a dificuldade em acessar tratamentos médicos de qualidade, provoca a ocorrência de doenças. Assim, se não houver a invalidação da miséria, manter-se-á em vigor a saúde precária.
Assim sendo, é evidente que a questão do índio configura-se como um problema que precisa ser resolvido. Nesse sentido, visando atingir essa problemática, a mídia, haja vista seu potencial de alcance, deve atuar por meio de propagandas que orientem a sociedade sobre a importância histórica e cultural dos nativos. Ademais, o Ministério da Saúde — responsável pela promoção da saúde da população — deve instalar centros médicos nas aldeias para cuidar do povo indígena e evitar a proliferação de doenças. Somente assim, essa questão será minimizada no país.