No Brasil, é notório que as mulheres tiveram seus direitos adquiridos após anos de luta por igualdade de gênero na sociedade, porém ainda é perceptível a persistência de desigualdade feminina. Isso é visível principalmente em situações em que trabalham como cuidadoras, babás ou trabalho doméstico, sendo então um fato que a invisibilidade das mulheres nessas condições de trabalho ainda existe.
Em primeiro plano, pode-se dizer que a desigualdade de gênero, nas situações de trabalhos de cuidado, é percebida diariamente, até em filmes, séries e novelas em que haja alguma empregada, ou até babá, são sempre mulheres em condições de vida e trabalho ruins. Por não ser um trabalho de carteira assinada, muitas vezes a pessoa que contratou a cidadã pode não cumprir as devidas leis trabalhistas, fazendo então com que haja uma má remuneração e condições de trabalho não agradáveis.
Ademais, cabe ressaltar que essa desigualdade vista nessa área de emprego, comprovam ainda mais que não há a valorização das cuidadoras e empregadas domésticas, que muitas vezes são meninas e mulheres em condição de precaridade, além de sua raça e etnia, que também implica ao preconceito. Na novela "Avenida Brasil", existe uma personagem criança em condições ruins, sendo responsabilidade de seus tios, mas nunca foi bem tratada, e quando cresce, começa a ser tratada como empregada e cuidadora, impedindo que viva dignamente, apenas em trabalho forçado e condições ruins sem ser remunerada.
Portanto, há que se dizer que, para lidar com os desafios para enfrentar a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pelas mulheres, é necessário que o Ministério do Trabalho tenha uma atuação firme com o objetivo de minimizar o não cumprimento das leis trabalhistas em relação a esse tipo de ocupação. Isso pode ser feito por meio de fiscalização e punição ao não cumprimento das leis, sendo importante também a conscientização popular em relação à importância do trabalho de cuidado realizado pelas mulheres, havendo então a valorização de tais.