Ataraxia é um termo grego usado por Demócrito antes da Era Cristã, e tem como conceito a imperturbabilidade. De forma similar, pode ser afirmado que o Brasil enfrenta uma realidade ataráxica, já que a violência contra a mulher é uma verdade presenciada deste sempre. Essa circunstância configura "amarga raízes" para o governo e sociedade na modernidade. Nesse sentido vale ressaltar dois aspectos que corroboram a problemática como a omissão do Estado e o machismo estrutural da Sociedade.
Em primeiro plano, convém enfatizar que a negligência estatal atua como fator de manutenção das lutas enfrentadas pelas mulheres. Segundo a Constituição Federal de 1988, todas as pessoas possuem o direito a segurança. Todavia ao observar dados divulgados pela "Central de Atendimento a mulher", em 2014, mais de um quinto da população feminina brasileira já sofreu alguma agressão física, dados da revista IstoÉ mostra que do final de 2006 ao início de 2011 de todos os processos de violência contra a mulher somente 0,4% resultou em prisões preventivas.
Vale Ressaltar o machismo enraizado na cultura brasileira. Herança essa adquirida na colonização portuguesa nas terras tupiniquins. Deste do início da civilização as mulheres sempre foram vista como objetos com o dever de satisfazer o homem, essa superioridade, imposta, do sexo masculino sobre o sexo feminino é um dos se não o principal motivo do abuso verbal e físico que as mulheres sofrem diariamente.
Deprende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso ocorrer, é necessário que o Estado por meio da Justiça faça a aplicação da lei corretamente e condenem os agressores e protejam as vítimas deles. Paralelamente, é imperativo que por meio da educação seja ensinado as jovens mulheres como agir em situações de agressão física e/ou verbal, além de educar os garotos a não abusar das mulheres.