Infelizmente, tal conjuntura não se resume as telas, sendo a realidade de muitas mulheres que sofrem com a persistência da violência, impulsionados pela precariedade estatal e pelos meios de comunicação (que não se tornam eficientes no processo de intervenção).
Sob esse viés, é importante destacar a ineficiência governamental no agravamento do problema onde segundo as ideias do filósofo John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social" já que o Estado não cumpre suas funções de garantia ao bem-estar dessas mulheres que sofrem com a violência prejudicando os direitos que deveriam ser garantidos a elas.
Além disso, vale ressaltar o descaso como um fator que dificulta a atenuação do empecilho, visto que muitas mulheres não veem maneiras eficazes na resolução do problema sem gerar outro ainda maior. Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a sociedade incorpora as estruturas sociais, ou seja, os indivíduos incorporam pensamentos difundidos ao longo dos anos e reproduzem com naturalidade. Isso pode ser verificado com a persistência do ato de brutalidade contra a mulher, já que, a população, adequada e acostumada com esse cenário, permite que a problemática supracitada continue em evidência, justamente por esse traço natural e banal diante dos fatos.
Portanto, infere-se a necessidade de combater a violência contra a mulher na sociedade brasileira, nesse sentido o governo precisa tomar medidas por meio de projetos sociais, promoção de saraus,campanhas com relatos de pessoas e a mídia, como meio de comunicação e elemento persuasivo,que informem a sociedade, e principalmente as mulheres de como agir, e que provoquem essa intervenção e prevenção dessa desumanidade contra as mulheres na sociedade braileira, assim tornado-se possível uma realidade mais igualitária.