A violência contra a mulher é um problema persistente em nossa sociedade, mesmo diante dos avanços e conquistas no campo dos direitos femininos. Embora tenhamos presenciado diversas campanhas de sensibilização, leis de proteção e a criação de delegacias especializadas no combate a esse tipo de violência, infelizmente ainda é comum ouvir casos de agressão, feminicídio e discriminação.
Um dos principais motivos para essa persistência é a cultura machista arraigada em nossa sociedade. A mulher ainda é vista como inferior e submissa, o que leva muitos homens a acreditarem que têm o direito de controlar e dominar suas parceiras. Além disso, a objetificação e a sexualização do corpo feminino também contribuem para perpetuar a violência, como se a mulher fosse um objeto de posse e prazer dos homens.
Outro fator que contribui para a persistência da violência contra a mulher é o medo e a falta de denúncias. Muitas mulheres têm receio de buscar ajuda e de denunciar seus agressores, seja pelo medo das retaliações, seja pela falta de apoio das instituições que deveriam oferecer proteção. Além disso, a vítima também pode se sentir culpada pelo ocorrido, pela falta de autoestima e pela dependência emocional e financeira que pode ter em relação ao agressor.
A cultura do silêncio e a naturalização da violência também contribuem para a persistência do problema. Muitas vezes, a violência é vista como algo "normal" dentro dos relacionamentos, com a ideia equivocada de que o homem é mais forte e tem o poder de tomar as decisões. Essa mentalidade equivocada precisa ser desconstruída, através de uma educação baseada na igualdade de gênero e no respeito mútuo.
Diante desse contexto, é fundamental que as políticas públicas sejam ampliadas e fortalecidas, a fim de combater a violência contra a mulher. É necessário garantir o acesso das vítimas aos serviços de assistência social, psicológica e jurídica, além de estimular a criação de mais delegacias especializadas. Também é importante investir em campanhas de conscientização, que visem desconstruir os estereótipos de gênero e promover o respeito, desde a infância.
A participação da sociedade civil é essencial nessa luta. É preciso quebrar o silêncio, denunciar casos de violência e apoiar as vítimas. O empoderamento feminino e a valorização das conquistas das mulheres também são fundamentais para combater a cultura machista e diminuir a persistência da violência.
Em suma, a persistência da violência contra a mulher é um problema que necessita de ações urgentes e efetivas para ser combatido. É preciso desconstruir a cultura machista, investir em políticas públicas, fortalecer a rede de apoio às vítimas e encorajar as mulheres a denunciarem. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais igualitária e livre de violência de gênero.