Na novela "Amor de Mãe", a personagem Betina vive uma relação abusiva com seu namorado, que muitas vezes a agride verbal e fisicamente. Nesse contexto, vale observar a persistente violência contra a mulher no Brasil, que se assemelha a realidade novelista e promove cada vez mais o feminicídio e a depreciação promovida pela misoginia.

Em primeiro lugar, a sociedade brasileira está estruturada no patriarcalismo, visto as desigualdades e opressões que esse traz, ou seja, esse propaga uma desvalorização da mulher no meio coletivo. Contrário a ideologia "não se nasce mulher, torna-se mulher", da filósofa francesa Simone de Beauvior, a desumanização da mulher, que surge por meio de ideais misóginos, resulta na contínua violência contra ela em vários âmbitos sociais.

Por conseguinte, essa violência gera problemas mais complexos, como o feminicídio. Apesar de projetos legislativos, como a Lei Maria da Penha, a violência doméstica, ainda recorrente no Brasil, é um exemplo que demostra que as mulheres, em suas pluralidades, possuem riscos de variadas agressões que podem até mesmo causar as suas mortes. Além disso, outros tipos de violência, como a psicológica, moral e sexual persistem na realidade desse grupo, onde se cria um contexto mais complexo ainda.

Portanto, é necessário que o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, responsável por coordenar, entre outros, os direitos da mulher, articule políticas públicas que promovam ações antidiscriminatórias desses grupos, por intermédio das redes sociais e em instituições acadêmicas, por exemplo, além da criação de projetos de leis efetivos que protejam as mulheres dessas violências e possibilitar realidades onde há a valorização e segurança das mulheres, para que assim seus direitos sejam garantidos no país e, consequentemente, a realidade brasileira e a estrutura social se distanciem de contextos como o da novela e se tornem cada vez menos discriminatórias.

mention]Alunaaaamed[/mention, pode corrigir pra mim pfvr