São Tomás de Aquino elencava que todas as pessoas sempre deveriam ser tratadas com a mesma importância. Apesar disso, ao contrário do ponto de vista do filósofo, hoje, no Brasil, observamos a problemática envolvida na persistência da violência contra a mulher cujas causas estão na falta de impunidade para com os agressores e a lentidão das vias judicias com os processos instaurados.

De acordo com Nicolau Maquiavel, até às leis mais ordenadas podem ser impotentes diante da cultura e dos costumes de uma sociedade. Nesse contexto, pode-se notar que a falta de impunidade é um dos principais empecilhos para a resolutividade do problema agravando-se pelas lacunas que decorrem das falhas na legislação vigente.

Paralelo a isso, temos também a vagarosidade no âmbito jurídico mediante os processos instaurados. Zygmunt Bauman, em sua obra modernidade líquida, destaca o individualismo e a falta de empatia como cerne da sociedade atual. Nesse viés é possível observar como tais fatores destacados pelo filósofo possuem assiduidade na sociedade Brasileira, tendo relação direta com a persistência da violência contra a mulher. Ela liquidez mediante a constância da violência, funciona como forte obstáculo para sua resolução.


Portanto, diante dos fatos supracitados, é evidente que tais entraves precisam ser solucionados. Logo, cabe ao ministério da justiça abrir uma investigação para compreender os motivos que levam a ineficiência das punições vigentes, ademais cabe ao mesmo órgão a contratação de novos profissionais para a agilização dos processos instaurados em aberto. Junto a isso, torna-se necessário a ação do poder judiciário para uma reformulação da apuração e punição dos cremes relacionados a mulher, pois somente assim a eficiência em ampliar as punições trarão um caráter pedagógico.