Não há solução para uma realidade que permanece na invisibilidade. Sabe-se que a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil é um assunto muito falado mas nunca discutido como seriedade para o enfrentamento a essa situação que continua de perpetuando. Alguns fatores como a falta de reconhecimento da sociedade, o machismo, a desigualdade social e o preconceito são impulsores para que essas mulheres continuem na camada invisível da sociedade.
Nos dias atuais muito se fala sobre o empoderamento feminino, mas quando os dados são analisados, as pesquisas demonstram que a maior parcela das mulheres se encontram ainda na invisibilidade, exercendo funções como cuidadoras do lar, como cozinhar, lavar, passar e cuidar das crianças, entre muitas outras atividades. Tudo isso sem receber a remuneração adequada e na maioria das vezes sem nenhum reconhecimento pelos seus tantos trabalhos pois para a maior parcela dos brasileiros este tipo de serviço é função das mulheres, que devem fazê-lo sem reclamar ou questionar.
Também, a desigualdade social e o preconceito são raízes desse problema, pois a maioria das mulheres que exercem as funções do trabalho de cuidado são as em que vivem em situação de vulnerabilidade social, e em sua maioria de origem negra, ainda podemos citar as mulheres transexuais que permanecem também sob uma visão cega perante a sociedade e ao governo, todas essas mulheres fazem com que o mundo continue caminhando para frente sem ganhar o que lhes é de direito. Mudas o “status quo” é uma tarefa penosa.
Portando, para o enfrentamento dessa situação faz-se necessário leis que amparem essas mulheres, que sejam eficazes e efetivas, pois as leis são para as pessoas e não para as leis, onde não saem do papel. Também há necessidade de campanhas para conscientização da população a respeito do assunto essa desconstrução social se torne realidade e as mulheres se libertem.

Oii... Bom, essa foi a minha visão. Infelizmente, a sua redação ainda apresenta uma quantidade considerável de desvios gramaticais e de coerência. Possui desvios de pontuação, a exemplo das vírgulas, e desvios de coerência, um exemplo está na sua introdução: Não faz sentido você dizer que a INVISIBILIDADE do trabalho de cuidado realizado pela mulher é um assunto MUITO FALADO, até por que a invisibilidade significa, literalmente, o contrário: significa a falta de conhecimento sobre o assunto na sociedade. Isso, por sua vez, diminui muito a sua nota na competência 1.
A competência 2 exige que você demonstre conhecimento sobre repertórios socioculturais (citações, filmes, séries, livros, trechos de músicas, etc.), e na sua redação, apesar de você mostrar conhecimento sobre o problema em si, você não expõe algo além do conhecimento didático. Mesmo que você tenha colocado o "status quo" como conceito, você não elaborou a sua argumentação em cima dele e, tampouco, usou-o para sustentá-la. Isso diminui sua nota tanto na competência 2 quanto na competência 3. Vamos falar dela agora...
A competência 3 exige que você relacione seus argumentos de forma coerente e coesa. Porém, infelizmente, você apenas "bateu na mesma tecla" dizendo que o trabalho das mulheres estava invisível e as causas disso eram graves. Além disso, você não precisa de 4 teses: você apresentou a falta de conhecimento da sociedade (que já é redundância, pois a invisibilidade já significa isso), o machismo, a desigualdade social (que também é redundância, pois o tema já se refere à desigualdade) e o preconceito, e sobre esses 3 últimos (machismo, desigualdade e preconceito), pelo que eles são causados: Pela negligência do Estado? Pela herança da história brasileira? Na sua redação você sempre deve procurar causas para a problemática, essas 3 últimas teses, em teoria, SÃO A PROBLEMÁTICA. Você deve procurar suas causas.
Sobre a competência 4, ela exige conhecimento amplo sobre repertórios coesivos: Isso, basicamente, é a sua habilidade em se referir à mesma coisa sem usar os mesmos termos. Você, várias vezes, utilizou a palavra mulher/mulheres, quando poderia substituir por expressões como parcela feminina, ou algo do tipo. E, na sua conclusão, por exemplo, você utilizou a palavra "leis" 3 vezes no mesmo parágrafo. Isso diminui sua nota também.
A competência 5 se refere à sua proposta de intervenção. Ela exige que você apresente uma AÇÃO para resolver o entrave, um AGENTE para executá-la, um MODO/MEIO pelo qual ela deve ser executada, uma FINALIDADE, que é o intuito da ação, e um DETALHAMENTO aprofundado para um dos tópicos em destaque (recomendo ao agente, pois é mais fácil). A ação abordada não foi apresentada de forma clara, você disse que leis são necessárias: mas o que, de fato, é necessário? A criação de novas leis? A fiscalização de leis que já existem? Você não esclareceu, mas eu considerei. Também não há um agente que deva executar essa ação, tampouco um detalhamento, e não tem o modo/meio pelo qual o agente deva agir para a resolução do problema. Ainda sob esse viés, a sua finalidade não ficou esclarecida e possui alguns desvios de coesão, mas eu considerei a última frase como finalidade. Cada um dos tópicos em destaque (ação, agente, modo/meio, finalidade e detalhamento) vale 40 pontos na sua correção. Obs:. Com o novo modelo de correção do ENEM, se o detalhamento estiver presente, mas estiver faltando um dos outros tópicos, o detalhamento não será contabilizado. Dito isso, a sua nota na competência 5 é 80, pois está presente, de alguma forma, a ação e a finalidade.
Por fim, tenho a dizer que você está no caminho certo, tentando e tentando você chega no resultado esperado. E lembre-se, a redação depende mais da estrutura teórica do que o que você, realmente, escreve nela. Continue treinando, o caminho parece difícil, mas é mais fácil e rápido do que você imagina. A meu exemplo: eu tirei 780 ano passado na redação do ENEM. Na desse ano, 3 professores já me disseram que dariam nota 1000 pra mim. É um processo que chega até a ser divertido, força aí maninha, se precisar de outra correção é só pedir.

Consegui perceber esse pontos mesmo. Em 2016 tirei 700 na redação, mas não fiz nenhum curso preparatório e muito menos alguma redação após esse ano. Acredito que o nervosismo acaba nos atrapalhando na elaboração do texto. Mas gostei muito da sua avaliação, bem detalhada. Obrigada