De acordo com a Organização Mundial da Saúde, doença é qualquer coisa que cause "dano" a um órgão ou organismo, sendo possível determinar a origem dos sintomas através de exames. É visto que a falta de informação na sociedade proporcionou a descriminação destas doenças, uma vez que os cidadãos em geral as banalizam por não entender. Como o Sistema Público de Saúde não funciona como deveria, além do preconceito, essa parcela da sociedade que sofre com essas doenças também sofre com a falta de apoio especializado, complicando ainda mais a sua situação.
No conto “O Alienista” de Machado de Assis, um médico interna moradores de uma cidade a menor suspeita de traços que fugissem da “normalidade”, já que não teriam métodos eficientes para reconhecer essas doenças. De forma análoga à nossa sociedade, a desinformação possibilitou a construção do estigma de que as doenças mentais são na verdade fraquezas, as menosprezando. Certas atitudes preconceituosas podem acarretar a piora do quadro clínico da pessoa que sofre com tais doenças, levando até o desenvolvimento de transtornos como a depressão e ansiedade.
Além disso, nota-se a negligência do Estado no que se relaciona à saúde mental, dado que há um elevado custo no tratamento, tanto de medicamentos quanto de consulta, impossibilitando o acesso de pessoas menos favorecidas à ajuda médica. Apesar de a Constituição brasileira de 1988 determinar como direito fundamental do cidadão o acesso a saúde de qualidade, fica evidente que tal lei não é cumprida, visto que segundo a OMS, há poucos investimentos estatais na área. Portanto, é visível que o preconceito está entranhado na sociedade e, que a falta de recursos na saúde pública favorecem a perpetuação de tais estigmas.
Em virtude dos fatos supramencionados, cabe ao Ministério da Educação utilizar sua maior ferramenta, a escola, através de debates e rodas de conversa traga para a realidade dos alunos, por meio da atuação de profissionais da área psiquiátrica para descontruir os preconceitos. É de responsabilidade do Ministério da Saúde melhorar o atendimento psiquiátrico e desenvolver campanhas educativas nas mídias, através de melhores investimentos na saúde pública, dessa forma, decaindo com o estigma associado às doenças mentais. Cabe também a sociedade se concientizar de tais problemas e trabalhar para que estes sejam corrigidos, isso por meio de pesquisas sobre o assunto ou até terapia.