O mito da caverna, alegoria escrita por Platão, explica a evolução do processo de conhecimento. Segundo ele, os seres humanos se encontram prisioneiros de uma caverna, em que estão habituados a terem uma ilusão do que veem como se fosse a verdadeira realidade. De maneira análoga ao presente, a questão da necessidade de inclusão e educação digital para idosos pode ser bem representada pelo mito da caverna de Platão, visto que é um problema sem solução que vive as sombras da sociedade. Nessa lógica, deve-se debater acerca da falta de políticas públicas e da insuficiência legislativa, uma vez que são causas notórias da questão.

Em primeira análise, a falta de atividades governamentais é causa manifesta da matéria. Sobre isso, Abraham Lincoln, disse, em um de seus discursos, que a política é serva do povo e não ao contrário. Em relação a tal afirmação, percebe-se uma inconformidade sobre o ensino tecnológico para a terceira idade e o Estado brasileiro, no sentido de que, ao contrário do que Lincoln explanou, a política atual não serve o povo com planos e metas públicas que visem incluir a população mais velha às tecnologias atuais. Portanto, se assim não se faz, a resolução de tal fato é utópica.

Ademais, a insuficiência legislativa é causa secundária da questão. Segundo o jornal Estadão, em uma matéria de 2019, o excesso de leis no Brasil prejudicam os processos. Isso se deve pelo fato de que, a maioria dos atos normativos trata de forma superficial a matéria, tal como na questão da inclusão e educação digital para idosos. Em relação a isso, fica evidente a deficiência de leis para tratar de questões sociais e as inúmeras consequências desse ato como, a facilidade de pessoas idosas sofrerem golpes cibernéticos, que são efeito da insuficiência de leis nessa área, que recaem, injustamente, sobre o corpo social.

Portanto, medidas são necessárias pra solucionar a problemática. A população, por meio de um projeto social online, deve criar uma campanha de incentivo, que trabalhe paralelamente com ações do governo, como na questão da educação digital para idosos. Tal campanha deve ter repercussão nacional e representantes de todos os estados brasileiros, para que se possa cobrar do Estado maiores projetos e investimentos públicos voltados para a sociedade. Além disso, o Congresso Nacional deve, por meio de emendas, reformular as leis que tratam a respeito da questão abordada. Espera-se dessa forma que a população possa exercer seu protagonismo e trabalhar em parceria com o poder público. Com isso, a alegoria de Platão deixará de fazer sentido na realidade.