No filme "Que horas ela volta", lançado pela Netflix, retrata-se uma realidade distópica na qual o corpo social padroniza-se pela desigualdade enfrentada pela mulher. Tal obra fictícia, em consonância com a realidade retratada, hodiernamente, na sociedade brasileira, converge com a invisibilidade do trabalho de cuidado realizado por mulheres ou meninas. Assim faz-se profícuo observar que isso ocorre seja pela negligência de valorização dessas pessoas, seja pela discriminação de gênero, sendo os pilares fundamentais da problemática.

Sob esse viés, cabe ressaltar a eminência atrelada à conscientização da sociedade diante do meio desigual estruturado, que fomenta acontecimentos regidos pela falta de remuneração nos serviços de assistência-imperioso na sociedade e economia, realizado pela mulher. De acordo com o filósofo John Locke, as pessoas têm direitos que devem ser iguais e o Estado deve garantir essa virtude, não fragmentando o "Contrato social". Nesse contexto, ocorre a disseminação da insipiência dos indivíduos, desvalorizando financeiramente tais pessoas do gênero feminino, em principal aquelas em situação de pobreza, seja em trabalho doméstico ou de auxiliar pessoas. Enfatiza-se a supressão de reconhecimento, prepostos pela negligência de eminência para manter comunidades, economias e tarefas diárias estagnadas.

Ademais, é importante salientar a relevância do conjunto de discriminações e preconceitos que as mulheres enfrentam nesse ambiente de trabalho que tem como base o cuidado. Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, as relações na sociedade estão cada vez mais vulneráveis. Sob essa perspectiva, ocorre a discriminação de gênero, preconceitos pela raça, nacionalidade ou sexualidade e conotações subjetivas de teor apelativo e discriminatório, sendo desafios enfrentados que tornam progressivamente evidente a invisibilidade de meninas ou mulheres nesses serviços de assistência.

Deve-se, portanto, realizar uma intervenção imperiosa. Por meio do Governo Federal, através do Ministério da Cultura e Educação, com a implementação de leis aprovadas pelo Congresso Nacional, que demandem inserir uma maior remuneração às mulheres no trabalho de cuidado e multas ou detenções maiores àqueles que praticarem algum tipo de desrespeito. Ademais, frequentes debates para criar reformulações conscientes ou campanhas informacionais auxiliadas pelas mídias nos ensinos fundamentais lI e médio das escolas públicas e privadas, a respeito da valorização da mulher no trabalho doméstico e de assistência. Com essas medidas, ocorrerá a diminuição da desigualdade exemplificada no filme "Que horas ela volta".