Diante disso, é possível observar o escasso interesse político em mitigar a população em situação de rua, bem como em proteger a mesma. Isso acontece porque, segundo a importante antropóloga brasileira - Lilia Schwarcz - há, na gestão do Estado, o patrimonialismo, que é a cultura de comandar o país como um patrimônio privado. Dessa maneira, é priorizado o desejo pessoal dos governantes, à medida que, incontestavelmente, a necessidade da população é negligenciada. Com isso, é preciso que haja políticas públicas que busquem atender as demandas desses grupos vulneráveis.
Ademais, a imagem marginalizada imposta às pessoas em questão vai de encontro à solução da problemática, pois para se instalar a igualdade social é essencial conhecer quem se espera atingir. Sob essa ótica, na obra “A vida que ninguém vê", da jornalista Eliane Brum, é registrado histórias de pessoas em condição de rua, visando reconhecer o extraordinário. Ainda segundo a escritora, esse grupo deve ser visto como agentes ativos para a criação de políticas públicas que os incluam, promovendo uma justiça social que, infelizmente, não existe. Dessa maneira, fica evidente a negligência estatal em promover a integração dessas comunidades, combatendo a desigualdade social na nação.
Portanto, são essenciais medidas operantes para a reversão da invisibilidade social de pessoas em situação de rua na sociedade brasileira. Para isso, compete ao Poder Executivo, mais especificamente ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, investir na criação de centros públicos que acolham esse grupo. Isso deve ser feito por meio de recursos autorizados pelo Tribunal de Contas da União - órgão que opera feitos públicos - com o fito de potencializar a reintegração desses indivíduos à sociedade, garantindo o exercício de sua cidadania. Assim, o intuito dessa medida é curar o Brasil da “cegueira branca”, criticada por Saramago.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada