A obra "Utopia" de Thomas More idealiza um corpo social perfeito. No entanto, diante da expressiva realidade de informalidade dos trabalhos no Brasil, esse corpo social não é atingido. Desse modo, é evidente a necessidade de analisar as causas que agravam a temática e seus possíveis impactos futuros no país.
A priori, é importante perceber as causas que corroboram para a problemática. Diante disso, durante os séculos XIX e XX, iniciou um processo de forte inserção das tecnologias e o advento da globalização. Portanto, diante desse contexto, é possível perceber que o excesso de regulamentação começou a crescer, principalmente no âmbito trabalhista. Assim, nesse ínterim, muitas pessoas buscaram se sustentar através da informalidade assim como retrata o livro "Cibercultura" de Pierre Lévy, que explica todos os impactos da globalização em todos os aspectos do mundo. Além disso, corroboram também com essa temática, a grande alta nos preços, proveniente dessa inserção tecnológica nos meios produtivos.
Outrossim, é evidente a importância de estudar os impactos desse problema. Dessa maneira, o trabalho informal, de uma certa maneira, ocasiona uma desigualdade social, assim ilustrada por Ariano Suassuna, ao afirmar que a injustiça no Brasil, divide-o em duas partes: os despossuídos e os favorecidos, visto que, as pessoas formalizadas têm seus direitos trabalhistas garantidos, diferentemente das pessoas informatizadas. Nesse contexto, também é visível o aumento do trabalho informal na falsificação de produtos de grandes marcas, devido a essa alta nos preços, proveniente da inovação tecnológica na produção.
Destarte, diante dos fatos supracitados, é evidente que medidas devem ser tomadas. Portanto, o Estado, por meio de emendas do Tribunal de Contas, crie e fortaleça projetos que estimulem a inserção das pessoas no mercado formal, seja pela diminuição na burocracia, seja nas políticas que gerem empregos às pessoas informais, a fim de alcançar o corpo social idealizado por More.