No início de dezembro de 1740, o rei de Portugal classificou os quilombos como habitações de cinco ou mais negros escravos fugitivos, que vivessem em parte despovoada. Após a abolição da escravidão os quilombos remanescentes foram postos de fora das políticas públicas republicanas, ficando sem a demarcação de suas terras, além de terem sua história esquecida pelos currículos escolares.
A demarcação de terras é um processo um tanto burocrático e que pode levar anos para ser concluído. Ademais, esse processo vai contra os interesses de pessoas, que mesmo depois da demarcação, invadem pedaços demarcados de terras, como é o caso de algumas tribos índigenas na região Norte, que têm seus espaços homologados e mesmo assim são constantemente invadidos e atacados por garimpeiros e fazendeiros.
A falta de valorização da cultura quilobola nos currículos escolares é também outro grande problema. Não demostrar a multiciplidade identitária dos quilombolas ao alunos é esconder uma parte importante da luta contra a escravidão e os maus-tratos. É ocultar os ritos, as festas e a diversidade desse povo.
Entende-se diante do exposto a real necessidade de políticas governamentais, ou seja, leis que punam com rigor os invasores de terras demarcadas, além de desburocratizar a tramitação do processo de demarcação na justiça. Ademais cabe aos gestores de escolas e à sociedade o papel de desenvolver espaços pedagógicos que levem as pessoas ao conhecimento dxe quem são e de onde vieram. "O Brasil precisa revalorizar sua origem para recompor sua verdadeira história"(MOURA, 1997)