Nesse período de quarentena venho acompanhando alguns movimentos em relação a arte. O pensamento que paira no ar é: “O que vai ser da arte a partir de agora?”, essa pergunta me intrigou, sobretudo pelo fato de estarmos na era da globalização, não deveria ser fácil?
A arte mesmo antes da pandemia não era tão valorizada quanto deveria, a profissão Artista é considerada “coisa de vagabundo!”, então fica o questionamento, só assistir “Lives" se famosos, ou ficar vendo filmes contribui com a arte local? Contribuindo ou não, sabemos que a arte tem papel fundamental na vida em sociedade, principalmente durante esse período de isolamento: “A minha quarentena sem arte seria uma coisa impossível, eu já teria enlouquecido a muito tempo" Declara Laura Tayama, estudante de jornalismo que se dedica a fotografia, ilustração e colagem digital. Em tempos de Covid-19, a coordenadora do curso de Artes Visuais do Instituto de Letras e Artes (ILA) da UFRG, Fabiane Pianowski, tem observado nas artes, especialmente através do Instagram, um olhar mais atento sobre o cotidiano, o corpo, sobre si mesmo. "Vejo isso por um crescimento de performances 'domésticas' compartilhadas na rede. Mas certamente este é apenas um aspecto do momento", ressalta a professora. "Acredito que não é possível projetar nada ainda (para os próximos tempos), estamos ainda começando a entender e a aceitar esta situação para poder construir o que virá a seguir", acrescenta.
Por fim, podemos afirmar que o futuro da Arte presencial é incerto, se ela irá se misturar a outros tipos de arte (Como a Audiovisual), se irá se reinventar ou permanecer da mesma forma, só o futuro dirá. Lutar pelos direitos dos artistas é lutar pelo seu direito de viver a liberdade.