O artigo 6º da Constituição Federal de 1988, promete educação para todos os indivíduos, contudo, uma pesquisa feita recentemente mostra que no Brasil ainda existem cerca de 11 milhões de analfabetos. Isso mostra a negligência do Estado na hora de garantir este direito a todos os cidadãos, o que amplia o ensino excludente e a evasão escolar e isso interfere na hora dos indivíduos formarem sua opinião sem se alienar.
Segundo Locke, filósofo inglês, o Estado deveria responsabilizar-se os direitos naturais do cidadão, porém, os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) apontam que existem desigualdades raciais e regionais, onde a taxa de analfabetismo no sul e sudeste o número é de 3,3%, já no nordeste essa porcentagem é de 13,9%. Pesquisas também revelam que pessoas de baixa renda e que moram em zonas rurais são os que tem menos chances de conseguirem ser alfabetizados. Com isso, é notório a falha do Estado na hora de assegurar este direito para toda a sociedade.
O pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire, diz “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”, a partir desta filosofia podemos analisar a importância de que a sociedade, em âmbito nacional, possua acesso à educação de qualidade e após uma alfabetização, informações verídicas.
Portanto, nota-se que é necessário que o Ministério da Educação, por meio de verbas públicas, deverá construir mais escolas em zonas rurais, garantindo que essas instituições de ensino possuam estrutura suficiente para projetos como o EJA, de forma gratuita e de fácil acesso para todos. A mídia também deverá influenciar esses adultos a continuar com seus estudos, mostrando-os a importância de uma educação. Desta forma, com o acesso facilitado, muitos conseguirão concluir seus objetivos.