A teoria da "modernidade sólida" do sociólogo Zygmunt Bauman, afirma que o mundo era sólido e suas estruturas sociais e familiares eram definidas, formadas por mãe, pai e filhos. Mas após a globalização, a sociedade se tornou líquida e suas relações incertas e indefinidas, ou seja, não se prende à estruturas fixas, surgindo novas formas familiares. A teoria se comprova correta quando comparado a realidade, porém parte da nossa sociedade continua com um "pensamento sólido", desrespeitando e julgando a forma do outro ser feliz. Essa resistência é causada pela lenta mudança na mentalidade social e a falta de legislação para assegurar o bem estar familiar.
Atualmente, existem novas formas familiares, que vão contra à estrutura tradicional montada nos séculos passados. Segundo o filósofo Friedrich Nietzsche, "As convicções são prisões". Analogamente, a nossa sociedade ainda é muito tradicionalista e patriarcal, descrendo de novas formas de se montar um núcleo familiar. Com esse pensamento regressista, encontramos dificuldades da inserção das famílias modernas na sociedade, que opta por não mudar a sua visão preconceituosa, julgando a felicidade alheia.
Os direitos humanos garantem à liberdade individual, direitos à justiça e a igualdade, além da preservação da dignidade humana. De acordo com o filósofo Aristóteles, "A política tem como função preservar afeto entre as pessoas de uma sociedade". Mas infelizmente esses conceitos não são colocados em pauta, visto que parte da nossa sociedade não mantém o respeito pelo próximo e não possui empatia. Por outro lado, o estado que deveria assegurar o bem estar social, trata com descaso e não fornece apoio à estas famílias que sofrem ataques constantes, sejam eles verbalmente ou psicologicamente.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. A mídia deve promover a inclusão das novas formas familiares, por meio de campanhas publicitárias que incentivem a inclusão das famílias em propagandas, novelas, filmes, séries e documentários. Ademais, as escolas devem promover palestras educacionais por meio de especialistas no assunto que abordem a constituição familiar moderna e seus direitos perante à lei, com o objetivo de formar cidadãos mais empáticos que respeitem os valores e espaço do próximo. Espera-se dessa forma, frear o preconceito e aumentar a representação da família contemporânea.