"Amai o próximo como a ti mesmo" Essa citação feita pelo livro sagrado dos cristãos, a Bíblia, expõe a importância de promover a empatia para uma boa relação em sociedade. Entretanto, no atual cenário brasileiro, o sentimento é diferente, tendo em vista que, a cada seis horas, um caso de feminicídio é registrado de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública . Logo, faz-se necessário analisar como a objetificação da mulher e a violência ao gênero feminino configuram a falta de empatia nas relações sociais.
Dessa maneira, é válido ressaltar que a violência cometida contra a mulher tem como base a cultura da objetificação feminina, na qual essa é vista como um objeto de posse e satisfação masculina. A persistência de tal violência firma-se na sociedade machista e patriarcal em que a mulher está sempre como figurante no cenário social. Prova disso é que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), elas recebem 30% menos que os homens realizando as mesmas funções.
Além disso, observa-se como o feminicídio é a expressão mais grave da violência de gênero, estando presente em espaços públicos e privados. Essa situação ocorre sobre a mulher, configurando a falta de empatia. O feminicídio não pode ser aceitável em uma democracia, pois é a violação de um dos direitos cruciais ao ser humano: a vida, garantido no artigo 5° da constituição brasileira.
Mediante o exposto, percebe-se como a ausência de empatia se aprofunda nos casos de feminicídio. Para combater tal empecilho, é necessário que o Poder Legislativo por meio da Lei do Feminicídio amplie as penalidades sobre tal crime e em conjunto com as mídias promovam campanhas para combater o machismo, que é a raiz do problema. Por meio de tais medidas será possível amenizar esse crime e promover a empatia na sociedade brasileira.