O covid-19 afetou a vida de toda a população, entretanto, a educação em tempos de pandemia foi uma das áreas mais afetadas. A implantação do ensino remoto foi uma alternativa adequada, porém, a dificuldade de acesso à ‘’internet’’ e o aumento de pacientes com depressão e ansiedade se tornam um grande problema.
Segundo dados da UNICEF, 4,8 milhões de crianças e adolescentes brasileiros de 9 a 17 anos não possuem acesso à ‘’internet’’ em casa, normalmente os motivos são a falta de aparelhos eletrônicos ou o alto preço da mesma, o que afeta muito o aprendizado do adolescente, que por exemplo, não pode participar de aulas online e ter a facilidade de acessar a web.
Ademais, a pressão psicológica sobre os alunos, professores e até pais é enorme, com isso, os números de pacientes com depressão e ansiedade aumentaram. Com base nos dados da OMS da última década, cerca de 12 milhões de brasileiros sofrem com depressão e quase 10% de brasileiros sofrem com ansiedade, e durante a pandemia esses dados cresceram significativamente. São várias as causas que podem levar os adolescentes a sofrerem destes distúrbios mentais e emocionais, como a perda de familiares para o covid-19, o isolamento social, a cobrança escolar por um bom desempenho, problemas familiares, entre outros.
Tendo em vista os aspectos observados, podemos concluir que apesar de o ensino a distância ser uma ótima alternativa para a pandemia, grande parte dos jovens serão imensamente prejudicados e, é de responsabilidade do Governo do Brasil e do Ministério da Saúde agilizar a vacinação contra o coronavírus, para que as aulas presenciais voltem com segurança ainda no ano de 2021, promover campanhas para conscientização dos problemas mentais e da gravidade do vírus, incentivar o isolamento social e também investir mais na instalação de ‘’internet’’ em pontos críticos do país.