O papel da educação é bastante significativo para a vida social do ser humano. Entre muitas contribuições, a transmissão cultural e o afinco das relações sociais desenvolvidas nas escolas ajudam a formar a base condicional dos estudantes para continuação da vida humana na Terra.
Primeiramente, a cultura material – transmissão de conhecimento de geração para geração – acelera o desenvolvimento de técnicas de sobrevivência ao descobrir algo ou melhorar alguma ideia já praticada, e assim continuamente ao passar do tempo. O ser humano deixa de ser nômade quando aprende a produzir seu próprio alimento no período neolítico, surgindo daí mais algumas obrigações e regras de convivência, mesmo que primitivas e baseadas em experiências empíricas. Como consequência deste aparelhamento e o próspero modo de vida, houve o crescimento do grupo e, após milhares de anos deste período, se fez necessário um melhoramento e organização desta transmissão de conhecimento devido ao número de habitantes vivendo em sociedade e a quantidade de conhecimento acumulada. Passando pelos métodos de ensino dos sofistas e filósofos da antiguidade, chegou-se à formação de escolas como uma das maiores fontes de transmissão de conhecimento cultural da história, nas quais o ser humano começa a aprender desde sua infância.
Tal qual a importância da transmissão cultural para a organização social, está as relações sociais, ou seja, as interações que os indivíduos estabelecem no convívio em sociedade, compartilhando reciprocamente um comportamento aceito, previsível, fixo e conceituado, segundo o sociólogo Max Weber, desenvolvendo a comunicação e percebendo as variações de contato com outros seres estranhos ao grupo familiar, no qual está acostumado a viver. Um outro sociólogo, este sendo mais atual, chamado Zygmunt Bauman, alerta para a falta de rigidez destas relações nos dias atuais, colocando em discussão o rompimento das relações morais e emocionais, onde o indivíduo é quem molda a sociedade à sua personalidade, ao contrário da análise social de Weber quanto à sua época, quando a sociedade quem moldava o particular.
Diante deste suspense causado pela insegurança de não se saber qual o destino da humanidade, entra a figura do Estado como tutor da população residente em seu território para colocar meios de organização com credibilidade , os quais guiem a continuação do desenvolvimento da humanidade de maneira que comportamentos tradicionais sejam aceitos, como também, os novos estilos de vida. Especificando este dilema para o Brasil, destaca-se a existência da Lei de Diretrizes e Bases - LDB - esta tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Isto mostra que há suporte legal para implantar uma educação interdimencionada, o que falta são investimentos, por parte do governo, que garantam a capacitação e vencimentos dignos para uma vida confortável dos profissionais da educação, e assim, focarem seus pensamentos na educação, garantindo a convivência humana numa sociedade mais justa e igualitária.