Há dez anos, o banco Itaú incentiva a literatura para menores, através do projeto chamado "Leia para uma Criança". Isso torna-se importante, visto que a literacia familiar apresenta dificuldades na sociedade brasileira. Esta, conhecida como um conjunto de práticas relacionadas com a linguagem, leitura e escrita, as quais as crianças vivem com os pais ou criadores, apresenta objeção, tanto pela negligência dos pais, quanto pela crença em que a escola é o único instrumento fundamental para a educação de crianças hoje em dia.

Sob esse viés, nota-se que os pais ou responsáveis, são importantes para a educação da criança. Eles possuem esse papel fundamental, pois são os que mais padecem de contato com o filho ou filha. Torna-se evidente, portanto, a ineficácia dos responsáveis, uma vez que eles negligenciam o apoio às crianças para contribuírem com o processo educacional de uma forma mais lúdica, como por exemplo: lendo, brincando, jogando, escrevendo, cantando e entre outros. Ademais, segundo John Locke, em sua teoria da Tábula Rasa, os homens são como folhas em brancos, que são preenchidas com as experiências. Nesse sentido, fica claro que como os primeiros seres que uma criança tem contato são os seus pais, eles são os principais responsáveis para ajudá-la a preencher essa folha em branco.

Consequentemente, deferir que a escola é o único mecanismo fundamental para o conhecimento das crianças, é o principal problema que impede a prática da literacia familiar. Diante disso, percebe-se que muitos pais estão se acomodando devido ao fato dos filhos já participarem de um instrumento educacional, o que é errôneo, visto que os filhos passam mais tempo com eles, do que na escola. Sob o mesmo ponto de vista, é necessário afirmar que a falta da literacia familiar pode causar um analfabetismo funcional. Sendo assim, é mais prático e necessário que os responsáveis adotem a literacia, uma vez que é uma prática acessível e propõe uma família mais engajada com a criança.

Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Os responsáveis devem ser mais participativos no processo educacional da criança, por meio de ensinamentos lúdicos, para que os pequenos se sintam atraídos e veja o aprendizado como uma diversão e não como uma obrigação, a fim de preparar a criança para o convívio social e a aproximação dos pais e filhos. Sendo assim, o slogan do projeto do banco Itaú torna-se verídico: leia para uma criança, isso muda o mundo.