"A essência do Direitos Humanos é o direito a ter direitos". Essa frase da filósofa Hannah Arendt, apronta para a importância dos direito de serem mantidos na sociedade. No entanto, no que concerne a questão da cultura do assédio, verifica-se uma lacuna na manutenção dos Direitos Humanos, o que configura um grave problema. Neste contexto, torna-se evidente como causas o receio de denunciar, bem como a falta legislação.
Em primeiro plano,é preciso atentar para o medo de falar presente no problema.Sobre essa lógica, o imperativo categórico Kant, que preconiza que o indivíduo deve agir apenas segundo a máxima que gostaria de ver transformada em lei universal. Nessa perspectiva, no que tange a questão do conhecimento da obsessão há uma lacuna no dever moral quanto ao exercício da denúncia.
Outro ponto relevante, nessa temática, é a carência de leis. Segundo Umberto Ego, "Para ser tolerante é preciso fixar os limites no intolerável". Nesse sentido,percebe-se uma lacuna explícita. Assim, sem base legal, ações de remediação são impossibilitadas, o que acaba por agravar ainda mas na dificuldade do hábito da insistência.
Logo, medidas estratégicas são necessárias para o cenário. Faz-se necessário, portanto que o Ministério da Justiça em parceria com as mídias de grande acesso, divulgue amplamente os canais de denúncia, tanto via telefone, quanto online, por meio de publicações nas redes sociais e transmissões ao vivo, esclarecendo a importância da acusação e a possibilidade de fazê-la anonimamente. Nessas transmissões seriam viável convidar voluntários que foram beneficiados pelo exercício da queixa e relatar isso experiência, a fim de desmitificar e superar o receio de denúncia de muitas pessoas. Dessa forma, o Brasil poderá superar a cultura do assédio.