Promulgada em 1988, a Constituição Federal, assegura os direitos fundamentais para a democracia e vida digna de seus cidadãos. Entretanto, quando analisamos a Arquitetura Hostil e suas consequências, como o afastamento de moradores de rua de lugares públicos, verifica-se que a Constituição Federal é constatada mais na teoria do que, na prática, como era para ser.
Diante desse cenário é possível perceber que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre a causa do problema. George Orwell, renomado escritor, disse "Todos somos iguais, mas uns são mais iguais que outros". E de maneira análoga, é possível perceber que no Brasil, a exclusão do povo e a violação da dignidade da pessoa humana, sendo assim, rompe com essa harmonia, haja vista que, segundo o Artigo 5° da Constituição Federal, todos são iguais perante a lei.
Outrossim, destaca-se o silenciamento como impulsionador do problema. Desde o Iluminismo entende-se que a sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro, toda via quando ha o silenciamento, principalmente midiático, os cidadãos acabam não tendo conhecimento sobre a problemática, acabando a impulsionar cada vez mais, porque quando não se tem conhecimento não se tem discussão.
É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Dessa forma cabe ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, discutir soluções, entre elas, uma moradia digna para os moradores de rua, assim promovendo a harmonia e a vida digna que prevê a Constituição Federal. Logo, cabe também ao MEC (Ministério da Educação), instituir palestras nas escolas, ministradas por profissionais, sobre a problemática, sendo assim a sociedade se desprendera de certos tabus, e irá progredir.