O livro "O homem invisível" faz referência a um personagem que não é visto perante a sociedade. Paralelamente ocorre o mesmo com quem não possui sua certidão de nascimento, uma vez que com esse documento a pessoa passa a existir oficialmente para o Estado. Assim faz se salientar a existência de causadores para esse impecilho, como: a omissão do Estado e o silenciamento dos meios midiáticos em abordar sobre esse assunto.
De início é notório destacar a negligência do Estado em relação aos indivíduos que não possuem sua certidão de nascimento, já que tal documentação permite a pessoa retirar outros documentos civis. Segundo o filósofo Thomas Hobbes é dever do Estado assegurar o bem-estar da coletividade. Para tanto todavia, no atual cenário não é o que ocorre, pois esse não assegura a toda população o primeiro documento da vida, e consequentemente impossibilita aos indivíduos usufruir de demais documentações, além de impossibilitar a criança matricular-se em uma escola.
Ademais, o silenciamento midiático na abordagem sobre esse assunto é outro grande fator para a propagação desse impase, já que esse impossibilita informar a sociedade sobre tal temática. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, uma instituição quando deixa eu dizer seu dever ela passa ser considerada zumbi. É o que ocorre com os meios midiáticos já que esse não estão praticando seu dever em informar a sociedade sobre seu direito a certidão de nascimento e o quão é imprescindível o seu requerimento.
Portanto, é notório que medidas devem ser tomadas para atenuar esse impasse. Os meios midiáticos, instituição responsável por informar, deve por meio de jornais, publicações e redes sociais informar a sociedade a importância da obtenção da sua primeira documentação, certidão de nascimento, com o intuito de amenizar a quantidade de pessoas sem sua documentação. Assim fazendo com que o homem invisível existe apenas em uma ficção e não na realidade.