Arte urbana não é crime
A arte urbana trata-se de um movimento de expressão artística, no qual os artistas abortam temas sociais como política, religião, preconceito entre outros em forma de grafite nas paredes ou em edifícios da cidade. Sob essa perspectiva o artista Eduardo Kobra ficou conhecido internacionalmente pelos seus grandes murais feitos com grafite, no qual mostra retrata as diferentes etnias existentes no Brasil de forma colorida e divertida para as pessoas que apreciam suas obras. Mas uma parte da sociedade não apoia essa forma de arte, devido à origem de onde ela surgiu, além disso, tem a criminalização apresentada pelas autoridades mesmo quando a arte é aprovada para ser realizada.
Verifica-se que o grafite, sofre muito preconceito de uma parte da sociedade, devido ao seu local de origem que é as periferias das cidades, pois as pessoas têm um pensamento diferente da grande maioria sobre alguma obra. Dessa maneira, um morador de um edifício em Belo Horizonte fez uma denúncia para embargar a obra “Hibrida Astral-Guardiã brasileira”, no qual era representada uma mulher negra de referências afro, indígenas e no universo feminino, mas o homem disse que o grafite era “de gosto duvidoso” isso tudo devido à cultura e a origem da mulher apresenta na obra. Mas a pintura foi autorizada pela assembleia de moradores.
Além disso, tem a criminalização da arte urbana por parte das autoridades, mesmo que as pinturas estivessem autorizadas e podem acabar virando casos de polícia. Nesse sentido, foi o que aconteceu com a obra “Deus é mãe” que fazia parte do projeto Circuito de Arte Urbana (Cura) em 2020, virou caso de polícia devido às escritas em pichação na moldura que fazia parte da pintura, no qual estava escrito um trecho da música “A Música da Mãe”, do ‘rapper’ Djonga. O caso segue sob sigilo e mais informações vão confirmar se houve crime ambiental, isso é uma típica situação de preconceito das autoridades.
Nesse sentido, cabe a Secretaria Especial da Cultura-órgão responsável pela criação, organização e divulgação de projetos culturais, promover não só propagandas, mas também eventos, a partir das mídias sociais que mostrem a importância da arte urbana para a cidade e de como elas tão um ar mais vivo para o ambiente. Assim, espera-se que a questão seja resolvida no Brasil, impactando a maioria da população e que a sociedade não tenha mais preconceito das artes urbanas e de outras.