No mini-documentário "Jim Carrey: I needed color", o ator fala sobre depressão e arte e conta como a pintura o ajudou a superar a doença, afirmando que "eu não sei o que a pintura me ensina, mas sei que me liberta". Hodiernamente, nossa sociedade enfreta um profundo problema de desigualdade social e marginalização de inúmeros grupos, o que impede que pessoas possam crescer intelectualmente e socialmente. Com efeito alguns dos fatos que contribuem para a problemática são a manutenção do status quo por parte do estado e a carnavalização das minorias.

Primeiramente, é importante entender que o estado em sua função de órgão supremo e mantedor da ordem age propositalmente para a manutenção das estruturas sociais, conceito chamado de status quo. Desse modo, essa realidade gera abismos entre os mais favorecidos e os menos favorecidos, mantendo a ordem das estruturas sociais e dificultando a luta contra a desigualdade, o que implica na não expressao da arte por parte de grupos minoritários e na dificuldade existente na qual seus trabalhos não são reconhecidos ou são até mesmo ignorados pela elite.

Segundamente, a carnavalização das minorias é um conceito que advém de uma teoria criada pelo filósofo russo Mikhail Bakhtin, essa teoria implica a transformação de um objeto em algo cômico. Dessa forma, quando aplicado as massas, objetiva-se ridicularizar-las, sendo alvos de piadas e mal feitos. Tal desdem afeta a percepção da sociedade acerca de suas próprias manifestações, como dança, música, etc. As colocando como objetos de piada para a elite estrutural conservadora e Portanto, contribuindo para a manutenção de sua desigualdade.

Todavia, fica explicito a necessidade de intervenção para amenização da problemática. Dessa forma, o estado junto ao ministerio da cultura em parceria com colégios, universidades e a sociedade em geral, por meio de recursos da União devem criar eventos e campanhas para valorização de todas as formas de arte, incluindo debates a cerca do problema e concursos com premiações para instigar alunos, professores, pais, toda sociedade civil a valorizar mais a arte e olhar com outros olhos para a mesma. Só assim garantiremos mais histórias com a de Jim Carrey que foi salvo do fundo do poço pela expressão artistica.